Em comemoração ao Dia da Enfermagem, Agostinho Basso discorre sobre a data e presta reconhecimento aos profissionais da área
Enfermeiro Agostinho Basso
Atendendo um convite do Vice-presidente Selmo de Lima Vieira, o enfermeiro Agostinho Basso, usou a Tribuna Popular da Sessão Ordinária do dia 13 de maio para discorrer sobre o Dia da Enfermagem, comemorado anualmente no dia 12 de maio, o qual também prestou reconhecimento aos profissionais que atuam e que já contribuíram à área.
Agostinho iniciou sua fala afirmando: “A Enfermagem é uma arte, e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor”. Disse que ao falar da enfermagem, precisa resgatar a história, pois na antiguidade a arte do cuidado, durante muitos séculos, era informal cujos cuidados eram prestados por mulheres, sacerdotes, curandeiros ou membros da família nas diversas culturas. “Somente no século XIX que surgiu a enfermagem moderna com a Florence Nightingale, uma enfermeira britânica, considerada a fundadora da enfermagem moderna. Conhecida por seu trabalho durante a Guerra da Criméia, liderou uma equipe de enfermeiras para cuidar dos feridos. Ela revolucionou os cuidados de saúde ao demonstrar a importância da higiene e da organização hospitalar. No século XX e XXI a enfermagem evoluiu como profissão, com a criação de escolas e universidades de enfermagem, novas técnicas e especializações em diversas áreas. No Brasil, em 1923, foi criada a primeira escola de enfermagem denominada Ana Justina Ferreira Neri, que foi a pioneira da enfermagem brasileira, conhecida por seu trabalho voluntário durante a Guerra do Paraguai, onde cuidou de feridos e soldados em hospitais de campanha. Ela é considerada a primeira enfermeira do Brasil e uma precursora da Cruz Vermelha no país”, relatou. Basso explanou ainda que a enfermeira Virgínia Leite de Irati participou da Segunda Guerra Mundial. “Nascida em 1916, ela foi professora e enfermeira voluntária, passando oito meses na Itália (1944-1945) cuidando dos soldados brasileiros feridos”.
Segundo Agostinho, há aproximadamente 27,9 milhões de profissionais de enfermagem no mundo, no Brasil são 3.192.280 profissionais, sendo que 85% são mulheres, corajosas, guerreiras e lutadoras, muitas delas, tendo dupla ou tripla jornada de trabalho. “Durante a pandemia da Covid-19 os profissionais de enfermagem foram valorizados e aplaudidos mundo a fora, chamavam-nos de heróis, anjos de branco e guerreiros anônimos. Pouco menos de um ano depois do fim da pandemia quando foi aprovado pelo congresso o piso nacional da enfermagem, as mesmas pessoas e instituições que nos aplaudiram, passaram a nos atacar e dizer que por nossa causa quebraríamos o sistema de saúde e colocaríamos em risco a saúde pública e privada do país. Quanta incoerência!”, lamentou.
O enfermeiro relata que a enfermagem contemporânea enfrenta um cenário de profundas transformações sociais, tecnológicas e organizacionais, que desafiam os profissionais a repensar o papel, as práticas e as estratégias de cuidado. “Os desafios da enfermagem moderna incluem carga excessiva de trabalho, escassez de recursos e profissionais, pressão emocional e estresse, falta de reconhecimento e dificuldades na comunicação e tomada de decisões. “Portanto, neste dia da enfermagem, em nome de todos os profissionais, gostaria de agradecer por esta oportunidade de estar falando sobre a nossa profissão. Parabenizo todos nós da enfermagem sem exceção, aqueles que iniciaram num passado longínquo e abriram as primeiras picadas, aqueles que por anos a fio construíram e pavimentaram os caminhos, bem como os que hoje estão na ativa”, agradeceu afirmando “precisamos de profissionais da enfermagem na política concorrendo a cargos eletivos e participando, auxiliando e desenvolvendo políticas públicas de saúde e, desta forma, elevando os valores e os ideais da nossa profissão. Vida longa à enfermagem, vida longa a cada um de nós profissionais da enfermagem”, destacou Agostinho.
Os parlamentares agradeceram e elogiaram a explanação do Enfermeiro. O Presidente Helio de Mello agradeceu a presença do Agostinho Basso que com sua fala contribuiu de forma significativa para o reconhecimento da importância da enfermagem no cuidado à saúde da população. “Com sensibilidade, conhecimento técnico e compromisso com a profissão, Agostinho nos proporcionou reflexões sobre os desafios e as conquistas da enfermagem, além de reforçar o papel essencial que os profissionais da área desempenham diariamente, com dedicação, ética e humanidade.
(Acompanhe a explanação na íntegra por meio do site www.irati.pr.leg.br no ícone Sessões Gravadas)
(Assessoria Câmara Municipal de Irati)
